Saiba por que Você Deve Começar uma “Dieta de Atenção” para Melhorar sua Saúde Mental

Você se preocupa com a comida que você come? Então talvez seja uma boa ideia também fazer uma “dieta” de redes sociais!

Existe uma preocupação crescente com a qualidade da alimentação de grande parte da população mundial. Com uma alimentação cada vez mais industrializada, uma quantidade imensa de pessoas ao redor do mundo enfrenta problemas crescentes relacionados à má nutrição.

Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 36.20% das pessoas se encontram acima do peso. No Brasil, essa taxa já atingiu 22.10% da nossa população – e o primeiro lugar no ranking mundial fica com a Samoa Americana (um território não incorporado dos EUA, localizado na Oceania): 75.60% (em 2013, esse índice havia atingido 95%).

Mas essa dieta baseada em exagero e que, ao mesmo tempo, oferece pouca nutrição real, não se limita exclusivamente à comida propriamente dita. Ela também acontece na forma da “atenção” excessiva em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

A má alimentação mental

Se as coisas ainda não estão fazendo muito sentido para você, digamos que nossa intenção aqui é bem clara: você deve cuidar da sua alimentação “psíquica/emocional” da mesma forma com a qual deve se preocupar com o tipo de comida que você ingere.

Com uma dieta ruim, pobre em nutrientes e pouco variada, as funções do seu organismo ficam comprometidas – e isso pode gerar desde pequenos desconfortos até problemas de saúde gravíssimos.

Agora, imagine que o mesmo acontece o tempo inteiro com você (e bilhões de outras pessoas), só que em outro sentido e de uma maneira mais silenciosa e menos perceptível que uma alimentação ruim. 

Da mesma forma que seu corpo precisa de uma boa alimentação capaz de suprir suas necessidades nutricionais mais elementares, sua mente também precisa “ingerir” elementos saudáveis.

Só que, assim como com as comidas, a maior parte das opções de dieta para sua mente consistem em opções prontas, rápidas, quase instantâneas, atraentes e, ao mesmo tempo, incrivelmente deficitárias.

O fast-food cultural

Enquanto que a indústria alimentícia usa vários artifícios para atrair a atenção e a preferência dos consumidores (altos níveis de açúcar e outros adoçantes nada saudáveis, corantes e aromatizantes artificiais e vários outros aditivos), criando formas de obter prazer através da comida, a indústria do entretenimento faz exatamente a mesma coisa, só que por outros meios.

A televisão, um dos meios de comunicação mais criticados justamente por essa difusão de conteúdo de baixa qualidade e sensacionalismo, foi (e ainda é) um dos meios mais eficientes de difundir entretenimento em massa. Mas esse instrumento não está sozinho e há maneiras mais atuais e eficientes de fazer isso.

Pense nas inúmeras redes sociais: nelas, você pode ter “milhares” de amigos, uma quantidade infinita de likes e outras reações que, basicamente, servem para massagear o ego de cada um dos bilhões de usuários ao redor do mundo.

Os perigos da hiperexposição e a ilusão das redes sociais

Se as opções fáceis e rápidas de alimentos nas prateleiras dos supermercados não oferecem uma nutrição real ao seu corpo, essas redes sociais e a hiperexposição promovida por elas também oferecem formas muito pouco saudáveis de saciar suas necessidades emocionais.

Em um mundo que, supostamente, está cada vez mais conectado, as pessoas se sentem cada vez mais distantes umas das outras e as relações entre elas ficam cada vez mais frágeis, descartáveis.

E é preciso levar em conta que os efeitos dessas redes sociais são bastante parecidos com os efeitos de várias drogas no cérebro: ao receber likes, comentários positivos e elogios, nosso cérebro despeja doses de dopamina, ativando a famosa sensação de prazer e recompensa.

Só que, como substâncias viciantes, esse efeito é cada vez mais passageiro, e você precisa se expor mais, receber mais e mais likes, reações positivas e todo tipo de sinalização usada para criar uma validação social da sua pessoa.

Essas redes sociais criam a ilusão de que suas necessidades emocionais estão sendo supridas quando, na verdade, elas não estão – ou, no máximo, em um grau muito menor do que o possível e o ideal.

Não é por acaso que nossas gerações têm índices altíssimos de depressão, suicídio, ansiedade e vários outros distúrbios e desordens psicológicas e emocionais.

Suas necessidades emocionais precisam de algo melhor

É impossível viver sem tecnologia e, na verdade, muitas redes sociais acabam sendo indispensáveis para nossa comunicação. Mas é possível reduzir o uso desses recursos, reduzir nossa exposição nessas plataformas e mudar radicalmente o modo como lidamos com a tecnologia.

Ao invés de se tornar dependente desses mecanismos, use-os ao seu favor e saiba controlar os aspectos negativos deles. Além disso, mantenha uma linha clara entre o que você pode exibir e quais critérios devem ser adotados para manter um nível saudável de privacidade.

Assim como a comida, o que importa não é a quantidade, mas a qualidade das suas relações sociais. Priorize relacionamentos sólidos e atividades realmente construtivas e coloque e elimine gradativamente as formas mais rápidas mas menos saudáveis de obter saciedade emocional.

Sua mente, seu corpo e seu psicológico vão te agradecer imensamente – e você vai perceber a mudança positiva na sua vida.

Como uma boa VPN pode te ajudar

Além de reduzir seu tempo em redes sociais e sua exposição nelas, procure por navegadores web que ofereçam mais privacidade para suas atividades na internet.

Outra boa recomendação é usar uma boa VPN, algo que também ajuda a manter níveis melhores de segurança para a sua conexão. Elas ajudam a manter a integridade da sua conexão e, além disso, oferecem opções interessantes de privacidade.