Patrimônios da Humanidade no Brasil UNESCO
Os Patrimônios Mundiais ou Patrimônios da Humanidade são áreas e regiões que, de acordo com a comunidade científica, tenham inigualável e fundamental importância para a humanidade. Pode ser uma vila, uma região, uma caverna, um monumento ou construção, qualquer região que tiver valor histórico, arqueológico, natural e ambiental reconhecidas pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Também podem entrar na lista rituais e manifestações praticadas por povos ou comunidades. Conheça agora quais os Patrimônios da Humanidade no Brasil, uma lista interessante para quem quiser conhecer os locais.
Lista de Patrimônios da Humanidade no Brasil
O patrimônio cultural são monumentos, construções e sítios arqueológicos. Já o patrimônio natural são monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais.
Patrimônio Mundial Cultural
Centro Histórico de Salvador (BA)
Foi inscrito em 1985 por ser a primeira capital do Brasil se tornando também o primeiro mercado de escravos do Novo Mundo, os escravos chegavam para trabalhar nas plantações de açúcar. Tem mantido características da antiga cidade com casas coloridas decoradas com trabalhos elaborados de estuque.
Brasília (DF)
Inscrito em 1987, é a capital criada do zero no centro do país, por isso foi um marco na história do planejamento urbano. Construída pelo urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer.
Centro Histórico de Goiás (GO)
Foi inscrito em 2001 por ter testemunhado ocupação e colonização das terras do Brasil central. O estilo do centro urbano mostra o desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora com sua arquitetura harmoniosa.
Centro Histórico de São Luís (MA)
Foi inscrito em 1997, a cidade histórica foi fundada pelos franceses e ocupadas pelos holandeses, antes da chegada de Portugal. O centro foi preservado com as ruas organizadas de maneira retangular, como no planejamento original e ainda mantém alguns edifícios históricos bem conservados.
Centro Histórico de Diamantina (MG)
Foi inscrito em 1999 e é uma cidade encravada como uma joia em um colar de montanhas rochosas inóspitas. Ela marca a façanha dos garimpeiros de diamantes do século XVIII.
Santuário do Bom Jesus de Matozinhos – Congonhas (MG)
Inscrito em 1985, o santuário é formado pela igreja com interior decorado estilo rococó, de inspiração italiana, por uma escadaria decorada com estátuas dos Doze Profetas e por seis capelas que representam as Estações da Cruz, com esculturas obras-primas da arte barroca de Aleijadinho.
Centro Histórico de Ouro Preto (MG)
Foi inscrito em 1980 e era o ponto central da corrida do ouro nos anos magníficos da mineração no Brasil. Ainda tem muitas igrejas, pontes e chafarizes da época com talento do escultor Aleijadinho.
Conjunto Moderno da Pampulha – Belo Horizonte (MG)
Inscrito em 2014, é o centro de um projeto visionário de uma cidade jardim criado em 1940 na capital de Minas Gerais, pensada por Juscelino Kubitscheck. O projeto foi feito por Oscar Niemeyer junto com o paisagista Roberto Burle Marx com vários outros artistas renomados incluindo o pintor Cândido Portinari.
É composto por quatro edifícios, pelo espelho d’água do lago urbano artificial e pela orla trabalhada com paisagismo. Os edifícios são Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (atual Museu da Pampulha), a Casa do Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) e o Iate Clube.
Centro Histórico de Olinda (PE)
Inscrito em 1982 a cidade foi fundada pelos portugueses e está ligada à produção do açúcar. Teve que ser reconstruída após saques feitos pelos holandeses. Suas construções, jardins, 20 igrejas barrocas, conventos e numerosos pequenos passos (capelas), que criam um equilíbrio harmonioso.
Parque Nacional Serra da Capivara (PI)
Foi inscrito em 1991 e seus abrigos rochosos são decorados com pinturas rupestres, algumas com mais de 25 mil anos, sendo um expressivo testemunho das ocupações humanas mais antigas na América Latina.
Cais do Valongo – Rio de Janeiro (RJ)
Foi incrito em 2017 e fica no centro da cidade, antiga área portuária do Rio de Janeiro, onde o cais de pedra foi construído para desembarque de africanos escravizados. Estima-se que 900 mil africanos chegaram à América do Sul pelo Cais do Valongo. É um exemplo de sítio histórico que desperta a memória de eventos traumáticos e dolorosos e que lida com a história de violação de direitos humanos.
Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar (RJ)
Foi inscrito em 2012 engloba o cenário urbano e elementos naturais da cidade. Estão incluídos o Jardim Botânico, fundado em 1808; as Montanhas do Corcovado, com a famosa estátua do Cristo Redentor; além dos morros ao redor da Baía de Guanabara, que incluem as amplas paisagens desenhadas ao longo da Praia de Copacabana.
Missões Jesuíticas Guaranis – no Brasil, ruínas de São Miguel das Missões (RS)
Foi inscrito em 1983 e ficam no coração dos pampas, a vegetação típica do sul do continente americano, junto com San Ignacio Miní, Santa Ana, Nuestra Señhora de Loreto e Santa María la Mayor, na Argentina. As ruínas são vestígios de cinco missões jesuíticas, construídas em território habitado pelos guaranis, com arquitetura específica da época.
Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE)
Inscrita em 2010 a cidade é a quarta mais antiga do Brasil. A praça é um retângulo com construções antigas ao seu redor incluindo Igreja e o Convento de São Francisco, a Igreja e a Santa Casa de Misericórdia, o Palácio Provincial, além de edifícios de diferentes períodos históricos que refletem a história da cidade. É um testemunho do período no qual as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas no país, 1580 e 1640.
Patrimônio Mundial Natural
Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM)
Foi inscrito em 2000 e inclui a maior área protegida da Bacia Amazônica. É uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. Composta pelo Parque Nacional do Jaú, a área de demonstração da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamairauá, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã e a Estação Ecológica Anavilhanas. No local estão algumas espécies ameaçadas de extinção.
Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica (BA/ES)
Foi inscrito em 1999 e são oito áreas individuais protegidas da Mata Atlântica na Bahia e Espírito Santo. São as florestas tropicais mais ricas em biodiversidade do mundo, com várias espécies que correm risco de extinção.
Reservas do Cerrado: Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas (GO)
Foram inscritos em 2001. Abrigam exemplares da fauna e da flora e hábitats que caracterizam o Cerrado, com uma biodiversidade incrível e refúgio de várias espécies.
Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (MT/MS)
Inscrito em 2000 representa 1,3% da região do Pantanal brasileiro com quatro unidade de conservação. É um dos maiores ecossistemas de água doce em zonas úmidas do mundo. A nascente do Rio Cuiabá e do Rio Paraguai ficam nesta região.
Ilhas Atlânticas: Fernando de Noronha e Atol das Rocas (PE/RN)
Inscritas em 2001 são uma grande proporção da superfície insular da América do Sul. Possuem uma riqueza aquática importantíssima para reprodução e a alimentação do atum e de espécies de tubarão, tartarugas e mamíferos marinhos. Além de serem lar de pássaros marinhos tropicais e de golfinhos.
Parque Nacional do Iguaçu (PR)
Foi inscrito em 1986 junto com o Parque Nacional Iguazú da Argentina. É uma das maiores quedas d’água do mundo além de ser lar de milhares de espécies raras de flora e fauna ameaçadas de extinção. Algumas espécies em destaque são o tamanduá-bandeira e a ariranha.
Reservas da Mata Atlântica (PR/SP)
Foram inscritas em 1999. Contam com 25 áreas protegidas que preservam a riqueza biológica e a história evolucionária dos últimos vestígios de vegetação atlântica.
O objetivo desta Convenção do Patrimônio Mundial criada em 1972 é incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. Esta lista compreende os Patrimônios da Humanidade no Brasil.